Resultado de manejos fitossanitários em brócolis e couve-flor

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As brássicas são naturalmente sensíveis ao clima, exigindo-se temperaturas mais amenas e manejos culturais específicos. Porém, por meio do melhoramento genético, houve desenvolvimento de híbridos que apresentam condições de produção adequadas em climas mais quentes, permitindo seu cultivo durante o ano inteiro. A avaliação do potencial produtivo de cultivares em diferentes regiões agroclimáticas, além de proporcionar sustentabilidade a pesquisas subsequentes, é imprescindível para o aumento da rentabilidade das culturas, diretamente relacionado ao uso de cultivares geneticamente superiores em termos de produtividade e outras características agronômicas relevantes.

Normalmente as brássicas são cultivadas em sistema convencional de produção com a utilização frequente de agroquímicos sintéticos. Os principais alvos no manejo fitossanitário são o controle de doenças causadas por fungos, bactérias e insetos. Principalmente alternariose , podridão negra, podridão mole das brassicas

O desempenho de cultivares de brócolis e de couve-flor em sistema de manejo fitossanitário convencional e alternativo sem uso de defensivos sintéticos foi avaliado na Epagri, Estação Experimental de Ituporanga, Santa Catarina, nos períodos de verão/outono e inverno/primavera. O objetivo foi gerar tecnologia que possibilite a oferta de brócolis e de couve-flor em épocas mais oportunas para comercialização e a obtenção de melhores preços.

Manejo fitossanitário convencional

O controle de pragas foi realizado com duas pulverizações com 0,15ml p.c. (produto comercial)/L acetamiprido + etofenproxi, três com 0,3ml p.c./L de deltametrina e três com 2ml/L de imidacloprido. No controle de doenças convencional foram realizadas quatro pulverizações com 1,4ml/L de trifloxistrobina + tebuconazol e quatro com 1,25ml/L de mandipropamida.

Manejo fitossanitário alternative

O controle de pragas foi realizado com quatro pulverizações com 2ml/L de azadiractina, quatro pulverizações com 3ml/L de óleo mineral + 5g/L de terra de diatomáceas e no controle de doenças, duas aplicações com 10ml/L de enxofre (S) e seis com 3g/L de sulfato de cobre. Nos dois manejos foram realizadas aplicações preventivas semanais. Os princípios ativos e grupos químicos foram alternados ao longo do ciclo da cultura. Os alvos de controle foram principalmente as ocorrências de podridões no caule e na inflorescência das plantas, mosca-branca e lagartas desfolhadoras.

Manejo fitossanitário convencional

O controle de pragas foi realizado com duas pulverizações com 0,15ml/L de acetamiprido + etofenproxi, três com 0,3ml/L de deltametrina e três com 2ml/L de imidacloprido. No controle convencional de doenças foram realizadas quatro pulverizações com 0,2ml/L de difenoconazol, 250g/L e quatro com 1,25ml/L de mandipropamida.

Resultados com brócolis em cultivos de verão/outono
 

Os híbridos brócolis BRO 68, Legacy e Master, se destacaram em qualidade e produtividade, sendo os mais indicados para a semeadura em cultivos de entressafra, verão/outono, na região do Alto Vale do Itajaí, Santa Catarina (Tabelas 1 e 2).

Resultados com brócolis em cultivos de inverno/primavera

Os híbridos brócolis BRO 68, Avenger, Master e Salinas, destacaram-se em qualidade e produtividade, sendo os mais indicados para a semeadura em cultivos de entressafra, inverno/primavera, na região do Alto Vale do Itajaí, Santa Catarina (Tabelas 3 e 4).

Resultados com couve-flor em cultivos de verão/outono

Os resultados experimentais indicam que, dentre as cultivares avaliadas, os híbridos de couve-flor Vera, Verona e Serena se destacaram em produtividade e qualidade, sendo os mais indicados para a semeadura em cultivos de entressafra, verão/outono, na região do Alto Vale do Itajaí, Santa Catarina (Tabelas 5 e 6). As cultivares mais produtivas foram menos danificadas por doenças bacterianas e lagartas desfolhadoras e sem interferência de mosca-branca no rendimento.

Media Contact
David Paul
Managing Editor
Journal of Food and Clinical Nutrition